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domingo, 31 de julho de 2011

No tempo de Deus aprendemos a viver o que cada estação traz consigo.

Aqui estou aprendendo a esperar pelo tempo de Deus, pois os ponteiros que marcam o meu tempo são precoces e antecipam as estações.
Sempre achamos que somos capazes de tomar nossas próprias decisões e vivemos assim como queremos, quando superficialmente dizemos que vivemos como Deus quer... e você já perguntou a Deus como Ele quer que viva?
Muitas vezes passamos por situações que não saíram nada como o planejado, porque simplesmente colocamos Deus à margem da situação e decidimos levar adiante, sem perceber atropelamos os seus planos para impor os nossos.
Antecipamos o inverno, e nem sempre estamos preparados para passar pelo frio, esquecemos dos agasalhos, afinal não esperávamos que o inverno tão logo chegasse.
Tantas vezes espiritualmente não passamos por esse frio não é mesmo? E como a geleira dói, não resistimos e deixamos o coração ser petrificado por ela. É necessário se dispor a ação de Deus e deixar que suas chamas derretam toda a geleira do coração, e esse processo leva tempo. Sabe a água formada pelo derretimento da geleira? Deus a faz levar consigo todas as nossas atitudes que não tiveram a sua aprovação, e nos dá a oportunidade de recomeçar.
Esse recomeço nos leva a viver o outono e a sofrer as demoras do tempo de Deus, e sabemos que não é nada fácil. Porém é tempo de colher o que o tempo de Deus tem a nos ensinar e amadurecer! Para então sabiamente usufruir o que a primavera tem a ofertar... quando ela chegar!  

Por Ione Aquino



domingo, 3 de julho de 2011

VIVO SEM VIVER EM MIM.

Vivo sem viver em mim,
E tão alta vida espero,
Que morro porque não morro.

Vivo já fora de mim,
Desde que morro d’Amor
Porque vivo no Senhor
Que me escolheu para Si;
Quando o coração Lhe dei

Com terno amor lhe gravei:
Que morro porque não morro.

Esta divina prisão
Do grande amor em que vivo,
Fez a Deus ser meu cativo,
e livre o meu coração;
E causa em mim tal paixão

Ser eu de Deus a prisão,
Que morro porque não morro.
Ai que longa é esta vida!
Que duros estes desterros!

Este cárcere, estes ferros
Onde a alma está metida.
Só de esperar a saída
Me causa dor tão sentida,
Que morro porque não morro.

Ai, que vida tão amarga
Por não gozar o Senhor!
Pois sendo doce o amor,
Não o é, a espera larga;

Tira-me, ó Deus, este fardo
Tão pesado e tão amargo,
Que morro porque não morro.

Só com esta confiança
Vivo porque hei-de morrer.
Porque morrendo, o viver
Me assegura a esperança;
Morte do viver s’alcança;
Vem depressa em meu socorro,
Que morro porque não morro.


Olha que o amor é forte;
Vida, não sejas molesta,
Olha que apenas te resta
Para ganhar-te o perder-te;
Vem depressa doce morte
Acolhe-me em teu socorro
Que morro porque não morro.

Do Alto, aquela vida
Que é a vida prometida,
Até que seja perdida
Não se tem, estando viva;
Morte não sejas esquiva;
Vem depressa em meu socorro,
Que morro porque não morro.

Vida, que posso eu dar
A meu Deus que vive em mim
Se não é perdeste enfim
Para melhor O gozar?
Morrendo O quero alcançar,
Pois nele está meu socorro
Que morro porque não morro.
Poesia: Santa Teresa D´Avila.

sábado, 2 de julho de 2011

Tu me amas?


Pedro  acompanhou Cristo durante um bom tempo e nesse período compartilhou e viveu intensamente seus ensinamentos. Imaginemos sua tristeza e frustração por tê-lo negado por três vezes antes que o galo cantasse, como dissera o Senhor que faria. Inicialmente Pedro hesitou, para ele jamais cometeria tamanha traição. O fato é que chegada à hora Pedro assim o fez, e cometendo tal atitude se entristeceu, por ter magoado o coração de Jesus. Pedro não se achava mais digno de andar com os outros discípulos, pois tinha vergonha de si mesmo.
Quantos de nós não cometemos a mesma atitude de Pedro? E também negamos a Jesus! E negando- O, acabamos encontrando um motivo para também não acharmo-nos dignos da confiança do Senhor.
O mais interessante em refletir essa passagem bíblica é percebemos que Jesus não deixou de amá-lo tão intensamente como sempre o amou!
Jesus pergunta a Pedro: "Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes"?  Ele respondeu: "Sim, Senhor, Tu sabes que te amo". E Jesus fez essa mesma pergunta por três vezes a Simão. (Jo 21,15-25).  Jesus o conhecia e sabia o quanto Pedro O amava, mas Pedro precisaria acreditar primeiro no amor que sentia por Jesus, para enfim vencer o medo de avançar e mergulhar em águas mais profundas.
Cristo jamais pensou em desistir de Pedro e de torná-lo pescador de homens. Hoje Pedro somos nós, da mesma forma jamais se passou no coração de Jesus desistir de você!
Ele conhece nossos corações, vê nossas quedas, fraquezas, os temores, as vezes que O negamos e todos os motivos que nos afastamos. O desejo de Seu coração é que também acreditemos no amor que sentimos por Ele e reconhecendo percamos o medo de verdadeiramente amá-lo.

“Sim Senhor, Tu sabes que te amo!”


Ione Aquino