Comumente os autores explicam este nome a partir dos termos do latim tardio “carne vale”, isto é, “adeus carne” ou “despedida da carne”; esta derivação indicaria que no Carnaval o consumo de carne era considerado lícito pela última vez antes dos dias de jejum quaresmal. – Outros estudiosos recorrem à expressão “carnem levare”, suspender ou retirar a carne: o Papa São Gregório Magno teria dado ao último domingo antes da Quaresma, ou seja, ao domingo da Qüinquagésima, o título de “dominica ad carnes levandas”; a expressão haveria sido sucessivamente, carneval ou carnaval”. – Um terceiro grupo de etimologistas apela para as origens pagãs do Carnaval: entre os gregos e romanos costumava-se exibir um préstito em forma de nave dedicada ao deus Dionísio ou Baco, préstito ao qual em latim se dava o nome de currus navalis: donde a forma Carnavale.
O carnaval é uma festa bem antiga que chegou ao Brasil há quase três séculos como uma brincadeira de rua, diga-se de passagem, inocente até, que com o passar do tempo tomou rumos bem longe de inocentes decaindo para o lado do nudismo, erotismo e tantas outras modalidades infelizmente imorais que têm destruído filhos e filhas de Deus atingindo principalmente os jovens.
A Igreja não instituiu o Carnaval; teve, porém, de o reconhecer como fenômeno vigente no mundo em que ela se implantou. Sendo em si suscetível de interpretação cristã, ela o procurou subordinar aos princípios do Evangelho; era inevitável, porém, que os povos não sempre observassem o limite entre o que o Carnaval pode ter de cristão e o que tem de pagão. Está claro que são contrários às intenções da Igreja os desmandos assim verificados Em reparação dos mesmos, foram instituídas a adoração das Quarenta Horas e as práticas de Retiros Espirituais nos dias anteriores à quarta-feira de cinzas. (D. Estevão Bettencourt, osb. - Revista PR, Nº 5, Ano 1958, Página 213.)
“Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém.” (I Corintios 6,12) Sábias palavras de São Paulo que leva a refletir sobre a conduta do Cristão mediante o carnaval.
Fazendo uma retrospectiva dos carnavais passados hoje me pergunto o que fazia eu no meio de toda aquela folia mundana que propunha uma alegria passageira e vazia?
Diferente dos tantos carnavais silentes mais vivificantes que também tive a oportunidade de vivenciar na presença de Jesus e em comunhão com tantos irmãos. Foi nos carnavais cristãos, onde descobri que a verdadeira alegria está no Senhor.
Quando olho para trás percebo o quanto mudei, e me surpreendo em imaginar o que antes superficialmente parecia me preencher ou me contagiar de alegria é no mínimo miserável perto do que hoje me contenta e me irradia de felicidade.
Podemos escolher viver um Carnaval diferente, festejando esses dias na presença de Deus, como dias de muita alegria, nos preparando para um tempo de maior recolhimento que é a quaresma.
Ione Aquino
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